terça-feira, 15 de novembro de 2011

Trecho do Livro A NOVA RAÇA: A EVOLUÇÃO


"Mephistus e Aaran  Dankan notavam os portais do templo se abrirem e a mulher adentrar-se com o bebê em seu colo.

Mephistus reflete sobre o que ele haveria de ter em comum com aquele estranho, que se apresentara como Aaran Dankan. Todas as lembranças de quando estivera entre os homens, na Terra, se passaram na sua mente: Phillip, aquele que muitos afirmavam ser o seu pai; a BIOGEN e todas as recordações de sua vida terrena lhe perturbavam naquele instante; e aos poucos esquece destas recordações.

– O homem do templo, é um homem cego, sem visão para me perceber como uma aberração... – disse Aaran Dankan. –... Por este motivo, aceitou-me durante todo o resto de sua vida. Se não fosse um homem cego teria, então, o poder de ver-me voar como um dragão alado, quando eu já me encontrava adulto, sobrevoando as torres do templo. Julgar-me-ia, então, como um demônio, talvez. – desabafou. – Os homens arremessavam contra mim as suas flechas pontiagudas, enquanto eu sobrevoava, porém, não me acertavam. Todos os reis da Terra queriam-me como um ornamento. Me perseguiam. Depois de alguns anos, morreu o homem do templo, que me acolhera... – falou ele em seguida. – Os meus perseguidores, então, capturaram-me, quando eu já havia completado trinta e cinco anos-terrestres. Eu já não tinha mais a proteção do sacerdote do templo, a quem até os reis o respeitavam. – prosseguiu, enquanto observava toda a sua vida passar diante de seus olhos. – Usaram contra mim dos conhecimentos de bruxaria que poderiam abrir o portal de Hades e me lançaram como um eterno prisioneiro daquele lugar. Abriram o portal de fogo que leva até Hades e, dentro deste portal, eu fui lançado. Novamente, o portal de fogo, que é a entrada de Hades, fora fechado. – e ao proferir estas palavras, Aaran Dankan e Mephistus observavam o corpo daquele que era Aaran Dankan, no passado, que fora arremessado até Hades, e em seguida o portal de fogo fora fechado. – “Anjo Demoníaco”. A última palavra que foi dita por “eles”... – concluiu Aaran Dankan, enquanto desfaziam diante deles, as imagens, voltando-se, ambos, para o vácuo. E, as imagens de fogos espectrais e imagens de todos os tipos se formavam novamente diante deles.

– O dom da ubiquidade causa-me pavor. Rever a tudo o que me aconteceu. Estar em constante presença daquelas cenas que fizeram parte do meu passado sem que me fosse concebido o poder de alterá-las. – prosseguiu. – Posso saber do meu passado e do meu futuro. Conheço tudo o que o meu próprio futuro poderá acarretar-me, porém, não me foi dado o direito de mudá-lo. – concluiu, observando as visões que se formavam diante de ambos".

Autor: Gerônimo B. Pereira
ISBN: 978-85-7923-327-2
Páginas: 355
Formato: 14X21


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